Ele fala através da cor e da temperatura, do rubor do reconhecimento, do brilho do amor, das cinzas da dor, do calor da
excitação, da frieza da falta de convicção.
Ele fala com o salto do coração,
Ele fala através do
bailado ínfimo e constante, às vezes oscilante, às vezes agitado, às vezes
trêmulo.
Ele fala com o salto do coração,
a queda do ânimo,
o vazio no centro
e com a esperança que cresce... . .
O corpo se lembra, os
ossos se lembram,
as articulações se lembram. Até mesmo o dedo mínimo se lembra. A memória
se aloja em imagens e sensações nas próprias células. Como uma esponja cheia de água, em qualquer lugar que
a carne seja pressionada, torcida ou mesmo tocada com leveza, pode
jorrar dali uma recordação.
Limitar a beleza e o valor do corpo a qualquer coisa inferior a essa
magnificência é forçar o corpo a viver sem seu espírito de direito, sem sua forma legítima,
seu direito ao regozijo.
-
Clarissa Pinkola Estés -

Então me perguntaram: "E quem é Clarissa Pinkola Estés?"
ResponderExcluirEla é uma terapeuta junguiana e entre outros, escreveu 'Mulheres que correm com os lobos'.